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Mesmo assim, oposição não conseguiu dividendos nas intenções de voto para a eleição; Aécio lidera, mas caiu 3 pontos percentuais desde dezembro
Lula tinha rejeição de 48% em dezembro / Paulo Campos/FolhapressLula tinha rejeição de 48% em dezembroPaulo Campos/Folhapress











A rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 49% em fevereiro, mas a oposição não conseguiu dividendos nas intenções de voto para a eleição de 2018, segundo pesquisa Datafolha publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira.

A rejeição de quase metade dos eleitores a Lula ocorre no momento em que o ex-presidente tem tido seu nome ligado a investigações por suspeita de ser o proprietário de um sítio em Atibaia e de ter sido o dono de um apartamento tríplex no Guarujá que teriam sido reformados por empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato.

Lula, que tinha rejeição de 48% em dezembro, afirma que não é e nem foi dono dos imóveis e nega quaisquer irregularidades.

Mas a pesquisa apontou que a oposição não tem conseguido se beneficiar da rejeição a Lula, segundo cenários eleitorais pesquisados pelo Datafolha.

Em um deles, o senador Aécio Neves (PSDB-SP) lidera, mas caiu três pontos percentuais desde dezembro (de 27% para 24%). Lula (PT) e a ex-ministra Marina Silva (Rede) vêm a seguir, estáveis, em situação de empate técnico com 20% e 19%, respectivamente.

No cenário com o governador paulista Geraldo Alckmin como o candidato do PSDB, Marina lidera com 23%, Lula aparece com 20% e o governador de São Paulo fica na terceira posição, com 12%. Em dezembro, as intenções de voto eram 24%, 22% e 14%.

Com o senador José Serra (SP) como o concorrente tucano, Marina também lidera, com 23%, ante 21% de Lula e 15% do candidato do PSDB.

Entre os possíveis candidatos com maior rejeição, Aécio é o segundo, com 23%, seguido pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com 21%.

A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro, com 2.768 entrevistados em 171 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

O levantamento também apontou que subiu de 65% para 76% nos últimos dois meses o número de pessoas que defendem a renúncia do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é alvo de inquéritos no âmbito da operação Lava Jato. Já os que apoiam a cassação de Cunha somam agora 78%, ante 82% em dezembro.

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