Para o presidente, a revolta que hoje os franceses sentem “deve ser utilizada para defender com serenidade e determinação o princípio da liberdade”. Hollande insistiu que, “mais do que nunca, a França deve promover os seus valores, ter orgulho da história, da cultura e de seus valores universais”. De acordo com ele, “a França guarda intacto o espírito de tolerância, (…) apesar do sangue derramado”.
O chefe do Estado francês também prestou homenagens às equipes de socorro e às pessoas comuns que não mediram esforços para atender às vítimas, declarando que o país deu uma demonstração de um de seus lemas, a fraternidade.
“Em um ato de guerra organizado de longe e friamente executado, uma horda de assassinos matou 130 dos nossos e feriu centenas, traindo seu Deus em nome de uma causa louca”, discursou o presidente, reiterando tacitamente que os jihadistas não representam o Islã.
Geração Bataclan
Hollande encerrou seu discurso homenageando essa geração que conheceu a brutalidade do mundo nos atentados de Paris. Ele lembrou que várias das vítimas tinham menos de 30 anos, não passavam de crianças à época da queda do muro de Berlim, compreenderam em 11 de setembro de 2001 que o mundo era ameaçado por “novos perigos” e sofreram o choque dos ataques contra o jornal satírico Charlie Hebdo em janeiro.
De acordo com o presidente, essa geração representa a França: “Eles foram mortos porque amavam a vida. Eles foram abatidos porque eram a França; porque eram a liberdade, foram massacrados”, afirmou, lembrando que as vítimas eram originárias de mais de 50 localidades francesas. “Eles vinham de nossas cidades, de nossas periferias, de nossos vilarejos e também do mundo. Dezessete países compartilham hoje o luto conosco”, disse Hollande.
Classe política
O discurso do presidente encerrou a cerimônia em que os nomes de todas as vítimas foram lidos em ordem alfabética, sob o silêncio fúnebre das 2.650 pessoas presentes no Hotel des Invalides, o majestoso palácio parisiense que guarda os restos mortais de Napoleão Bonaparte. Esse local é bastante simbólico, porque normalmente é reservado a homenagens a militares mortos em combate.
O evento contou ainda com apresentações musicais e a presença de diversas personalidades políticas. Além dos membros do governo, estiveram nos Invalides os primeiros-ministros das últimas três administrações franceses e os presidentes do Senado e da Assembleia Nacional, além do ex-presidente Nicolas Sarkozy e da prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Líderes de partidos de todo o espectro político francês, de Jean-Luc Mélenchon (Partido de Esquerda) a Marine Le Pen (Frente Nacional, de extrema direita) também compareceram.
A duas semanas das eleições regionais na França, o partido de extrema-direita é o principal beneficiário dos atentados, com uma retórica centrada no fechamento das fronteiras, na recusa de receber refugiados e na saída da França da União Europeia.
União antiterrorista
Para mostrar a união nacional contra o terrorismo, o presidente pediu aos franceses que exibissem bandeiras da França nas janelas de suas casas, em carros e escritórios. O apelo convenceu muita gente e mobilizou até os menos patrióticos. Monumentos e terraços de Paris amanheceram hoje decorados de azul, branco e vermelho.
A imprensa também prestou homenagem aos mortos, publicando os nomes e biografias das vítimas. A idade média dos mortos era de 35 anos. Duas semanas após os atentados, 94 pessoas continuam hospitalizadas e 17 correm risco de morte.
Algumas famílias de vítimas decidiram não participar da homenagem nacional, responsabilizando o governo por nada ter feito para evitar novos atentados depois do massacre de janeiro ao jornal satírico Charlie Hebdo.
O chefe do Estado francês também prestou homenagens às equipes de socorro e às pessoas comuns que não mediram esforços para atender às vítimas, declarando que o país deu uma demonstração de um de seus lemas, a fraternidade.
“Em um ato de guerra organizado de longe e friamente executado, uma horda de assassinos matou 130 dos nossos e feriu centenas, traindo seu Deus em nome de uma causa louca”, discursou o presidente, reiterando tacitamente que os jihadistas não representam o Islã.
Geração Bataclan
Hollande encerrou seu discurso homenageando essa geração que conheceu a brutalidade do mundo nos atentados de Paris. Ele lembrou que várias das vítimas tinham menos de 30 anos, não passavam de crianças à época da queda do muro de Berlim, compreenderam em 11 de setembro de 2001 que o mundo era ameaçado por “novos perigos” e sofreram o choque dos ataques contra o jornal satírico Charlie Hebdo em janeiro.
De acordo com o presidente, essa geração representa a França: “Eles foram mortos porque amavam a vida. Eles foram abatidos porque eram a França; porque eram a liberdade, foram massacrados”, afirmou, lembrando que as vítimas eram originárias de mais de 50 localidades francesas. “Eles vinham de nossas cidades, de nossas periferias, de nossos vilarejos e também do mundo. Dezessete países compartilham hoje o luto conosco”, disse Hollande.
Classe política
O discurso do presidente encerrou a cerimônia em que os nomes de todas as vítimas foram lidos em ordem alfabética, sob o silêncio fúnebre das 2.650 pessoas presentes no Hotel des Invalides, o majestoso palácio parisiense que guarda os restos mortais de Napoleão Bonaparte. Esse local é bastante simbólico, porque normalmente é reservado a homenagens a militares mortos em combate.
O evento contou ainda com apresentações musicais e a presença de diversas personalidades políticas. Além dos membros do governo, estiveram nos Invalides os primeiros-ministros das últimas três administrações franceses e os presidentes do Senado e da Assembleia Nacional, além do ex-presidente Nicolas Sarkozy e da prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Líderes de partidos de todo o espectro político francês, de Jean-Luc Mélenchon (Partido de Esquerda) a Marine Le Pen (Frente Nacional, de extrema direita) também compareceram.
A duas semanas das eleições regionais na França, o partido de extrema-direita é o principal beneficiário dos atentados, com uma retórica centrada no fechamento das fronteiras, na recusa de receber refugiados e na saída da França da União Europeia.
União antiterrorista
Para mostrar a união nacional contra o terrorismo, o presidente pediu aos franceses que exibissem bandeiras da França nas janelas de suas casas, em carros e escritórios. O apelo convenceu muita gente e mobilizou até os menos patrióticos. Monumentos e terraços de Paris amanheceram hoje decorados de azul, branco e vermelho.
A imprensa também prestou homenagem aos mortos, publicando os nomes e biografias das vítimas. A idade média dos mortos era de 35 anos. Duas semanas após os atentados, 94 pessoas continuam hospitalizadas e 17 correm risco de morte.
Algumas famílias de vítimas decidiram não participar da homenagem nacional, responsabilizando o governo por nada ter feito para evitar novos atentados depois do massacre de janeiro ao jornal satírico Charlie Hebdo.
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