Aeronaves francesas atacaram neste domingo Raqqa, cidade no norte da Síria que é uma das bases do grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico" (EI).
Em comunicado emitido pelo Ministério de Defesa francês, o governo disse que um posto de comando e um campo de treinamento foram destruídos.
Os ataques ocorreram dois dias após os ataques que mataram 129 pessoas na capital francesa, Paris, e deixaram centenas de feridos na última sexta-feira.
O "EI" assumiu a autoria dos atentados e afirmou se tratar de uma retaliação pelo envolvimento da França nos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos a militantes do grupo na Síria e no Iraque.
'Ato de guerra'
O presidente francês, François Hollande, disse que os atentados são um "ato de guerra" e que seu país intensificará os ataques ao "EI".
Hollande afirmou também que a França não terá "misericórdia" em sua resposta ao grupo, prometendo "usar todos os recursos possíveis dentro da lei".
Neste domingo, uma multidão se reuniu na catedral de Notredame, em Paris, para uma missa em homenagem às vítimas.
A cidade vive um clima de tristeza, perplexidade e tensão, com o registro de cenas de pânico em diversos locais por suspeitas de novas ameaças.
O país está oficialmente em estado de emergência desde sexta-feira. A princípio, terá uma duração de 12 dias.
Mas, de acordo com fontes ouvidas pela agência de notícias AFP, Hollande quer estendê-lo por três meses. Para isso, será preciso obter aprovação do Parlamento.
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