SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Fitch revisou nesta quinta-feira a perspectiva do rating do Brasil para negativa, ante estável, citando a contínua fraqueza econômica no país, maior desequilíbrio macroeconômico e deterioração fiscal.
A Fitch manteve a classificação do rating brasileiro em "BBB", a penúltima nota de grau de investimento, mas citou como riscos a dificuldade em consolidar o ajuste fiscal, o crescimento fraco contínuo, a confiança reduzida no governo e a o crescente endividamento público.
"Embora o governo tenha iniciado um processo de ajuste macroeconômico para melhorar a credibilidade política e a confiança, persistem riscos relacionados à sua implementação efetiva e durabilidade, especialmente no contexto de um ambiente desafiador econômico e político", avaliou a Fitch.
Com a decisão da Fitch, amplamente esperada, a classificação do Brasil pela agência fica em linha com a da Moody's, que atribui nota "Baa2" ao Brasil, com perspectiva negativa. Até agora, apenas a Standard & Poor's rebaixou o país para "BBB-", um grau acima do território especulativo.
O comunicado da Fitch chegou causar alguma volatilidade nos mercados financeiros brasileiros imediatamente após sua divulgação, com o dólar chegando a subir ante o real. O movimento, porém, logo perdeu força.
"Não tem nenhuma novidade (na decisão da Fitch), não muda muito o quadro que nós conhecemos que tem levado a essas ações negativas. Foi só a última agência a fazê-lo. Não fez tanto preço porque na verdade está se alinhando com as demais (agências)", disse o economista-chefe do Banco J.Safra, Carlos Kawall.
NAS MÃOS DO GOVERNO
Para a Fitch, o processo de ajuste macroeconômico no Brasil, se implementado com sucesso, pode levar a uma retomada da confiança e crescimento em 2016, mas este último deve ficar abaixo do de outros países com o mesmo rating. Continuação...
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