Polícia Federal deflagrou a 11ª fase da operação nesta manhã; condenado do mensalão e ex-deputado da Bahia também foram detidos
Da redação, com Agência Brasil noticias@band.com.br
A Polícia Federal deflagrou a 11ª fase da operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, na manhã desta sexta-feira. Entre os presos está o ex-petista André Vargas, que teve o mandato de deputado federal cassado em dezembro do ano passado por quebra de decoro.
O ex-parlamentar foi preso por volta das 6h no condomínio onde mora, em Londrina, no Paraná.
Também foram detidos nesta manhã o ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) e o ex-presidente do PP Pedro Corrêa, que já havia sido condenado no processo do mensalão.
Os três são suspeitos de ter ligação com o doleiro Alberto Youssef.
Pedro Corrêa (esquerda) é ex-presidente do PP e um dos condenados do mensalão; Luiz Argôlo é ex-deputado federal pelo partido Solidariedade na Bahia
Folhapress
Além dos ex-deputados, foram presos o irmão de André Vargas, Leon Vargas; Ivan Mernon da Silva Torres, que segundo a polícia atuava como laranja de Pedro Corrêa; Elia Santos da Hora, secretária de Luiz Argôlo; e Ricardo Hoffmann, diretor de uma agência de publicidade.
Todos os presos serão levados ainda nesta sexta-feira para a carceragem da superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Operação em seis Estados
A 11ª fase da operação, batizada de Origem, é realizada em seis Estados (Bahia, Paraná, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo) e no Distrito Federal.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão, nove de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento) e 16 de busca e apreensão. Segundo a Polícia Federal, também foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, que seria de propriedade do ex-petista André Vargas.
A atual fase da Lava Jato tem como bases a investigação feita em diversos inquéritos policiais e a baixa de procedimentos que tramitavam no STF (Supremo Tribunal Federal).
A apuração é atribuída a três grupos de ex-agentes políticos, que abrangem os crimes de organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.
Ainda de acordo a com a PF, a investigação abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos em outros órgãos públicos federais.
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