Protesto contra aumento da tarifa nos ônibus reúne centenas no Centro
Grupo se concentrou no Largo de São Francisco e seguiu em direção à Cinelândia
Rio - Pelo menos 500 pessoas fizeram, na noite desta segunda-feira, um ato contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio. O protesto, convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) do Rio, contava mais de 7 mil pessoas confirmadas no Facebook. Por volta das 18h, os ativistas se reuniram no Largo de São Francisco, próximo ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs).
Às 19h30, a manifestação seguiu para a Avenida Presidente Vargas, que foi interditada parcialmente por meia hora, quando o grupo seguiu pela Avenida Rio Branco em direção à Cinelândia, onde o ato deve terminar. Policiais militares acompanham o protesto, que terminou pacificamente.
Nos pontos de ônibus, passageiros reclamavam da tarifa ter sido aumentada, enquanto o serviço continua com muitas deficiências.“Os ônibus estão sempre quebrados, não temos nenhum conforto. É uma covardia”, disse o funcionário público Norival Aguiar, de 58 anos.
A Prefeitura do Rio informou que vai publicar esta semana uma resolução que explica o valor do reajuste e que até o final deste ano metade de frota tem de estar equipada com ar-condicionado. Dos cerca de 9 mil ônibus que circulam na cidade, 2.500 são refrigerados, segundo a prefeitura.
O reajuste nas passagens de ônibus, que passaram de R$ 3 para R$ 3,40, começou a falar a partir de sábado. O Ministério Público já instaurou inquérito para tentar reverter o valor para R$ 3,20. O aumento, segundo o órgão, foi considerado inconstitucional.
Tarifa muda. Serviço, não
O primeiro dia útil com o novo valor das passagens não foi diferente do cotidiano para os usuários de ônibus. Mesmo fora do horário de pico, longas filas se formavam nos terminais na Central do Brasil, enquanto passageiros se arriscavam no meio da pista para entrar nos coletivos.
Em meio à confusão de pessoas disputando para entrar no ônibus e garantir um lugar sentado, a diarista Maria da Penha ficou para trás. Aos 62 anos, ela precisa trabalhar sentada devido a um problema no pé. “Os ônibus vão lotados parecendo carro de boi, e sou obrigada a ir em pé. No ano passado, cheguei a passar mal e no meio da confusão e tive que parar no ponto em frente ao hospital”, comentou a diarista.
Enquanto começava a chover no fim da tarde, dois ônibus da linha 398 tiveram defeito no mesmo ponto, no entorno da Praça Tiradentes. Um teve que voltar para a garagem. Já o outro partiu para Campo Grande com o limpador de parabrisas defeituoso. “Esse aumento faz muita diferença para mim, porque o salário continua a mesma coisa”, disse o funcionário público Norival Aguiar, de 58 anos.
Reportagem de Lucas Gayoso
Fonte:
Às 19h30, a manifestação seguiu para a Avenida Presidente Vargas, que foi interditada parcialmente por meia hora, quando o grupo seguiu pela Avenida Rio Branco em direção à Cinelândia, onde o ato deve terminar. Policiais militares acompanham o protesto, que terminou pacificamente.
“A gente não tem acesso aos gastos das empresas que justificam essas tarifas. É necessário ser feito um relatório. Mas o que a gente tem certeza é que o lucro dos empresários é maior do que deveria", disse o ativista Fábio Campos, de 27 anos, membro do MPL. Segundo ele, o movimento pretende organizar até o fim de semana uma nova manifestação.
A Prefeitura do Rio informou que vai publicar esta semana uma resolução que explica o valor do reajuste e que até o final deste ano metade de frota tem de estar equipada com ar-condicionado. Dos cerca de 9 mil ônibus que circulam na cidade, 2.500 são refrigerados, segundo a prefeitura.
O reajuste nas passagens de ônibus, que passaram de R$ 3 para R$ 3,40, começou a falar a partir de sábado. O Ministério Público já instaurou inquérito para tentar reverter o valor para R$ 3,20. O aumento, segundo o órgão, foi considerado inconstitucional.
Tarifa muda. Serviço, não
O primeiro dia útil com o novo valor das passagens não foi diferente do cotidiano para os usuários de ônibus. Mesmo fora do horário de pico, longas filas se formavam nos terminais na Central do Brasil, enquanto passageiros se arriscavam no meio da pista para entrar nos coletivos.
Em meio à confusão de pessoas disputando para entrar no ônibus e garantir um lugar sentado, a diarista Maria da Penha ficou para trás. Aos 62 anos, ela precisa trabalhar sentada devido a um problema no pé. “Os ônibus vão lotados parecendo carro de boi, e sou obrigada a ir em pé. No ano passado, cheguei a passar mal e no meio da confusão e tive que parar no ponto em frente ao hospital”, comentou a diarista.
Enquanto começava a chover no fim da tarde, dois ônibus da linha 398 tiveram defeito no mesmo ponto, no entorno da Praça Tiradentes. Um teve que voltar para a garagem. Já o outro partiu para Campo Grande com o limpador de parabrisas defeituoso. “Esse aumento faz muita diferença para mim, porque o salário continua a mesma coisa”, disse o funcionário público Norival Aguiar, de 58 anos.
Reportagem de Lucas Gayoso
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