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Atualizado em  17 de maio, 2014 - 14:36 (Brasília) 17:36 GMT
Campanha pede o retorno de meninas nigerianas (AFP)
Campanha nas redes sociais e protestos pedem sua devolução de meninas nigerianas sequestradas
Um acordo pode - e deveria - ser feito com o Boko Haram, o grupo islâmico extremista do norte da Nigéria que sequestrou 200 adolescentes em abril?
Seu líder anunciou a princípio que venderia as meninas como escravas e depois sugeriu trocá-las pela liberdade de extremistas do grupo presos pelo governo.
A resposta da Nigéria tem sido confusa. O presidente Goodluck Jonathan se recusou a liberar prisioneiros, enquanto um ministro disse ser possível negociar. Na semana passada, o governo disse que "todas as opções estão na mesa".
Mas como negociar um um grupo extremista tão determinado e bem armado como o Boko Haram?
A primeira coisa que se deve fazer numa situação como esta, diz um especialista em negociações de reféns, é ter uma prova de que as adolescentes estão vivas.
Um vídeo postado na internet nesta semana pelo Boko Haram, que mostrava 130 das meninas, poderia ser uma prova de vida se indicasse quando e onde ele foi feito.
O Boko Haram também não explicou o que aconteceu com as meninas vistas no vídeo nem com as outras que não aparecem nele.

Prova de vida

A consultoria de risco britânica TerraFirma já lidou com longas negociações na Nigéria em nome de empresas.
De acordo com um de seus executivos, que pediu anonimato, o mais importante depois da prova de vida é garantir que as pessoas com quem se está lidando são as mesmas de posse dos reféns.
No pantanoso mundo dos sequestros, há muitas pessoas em busca de dinheiro que se apresentam como intermediários com "conexões" com os sequestradores.
Uma terceira regra importante é nunca perder a calma. "Os sequestradores com frequência perdem a deles", diz um especialista.
"Ou ao menos fingem que perderam a paciência para fazer pressão para que suas exigências sejam aceitas. Mas nunca devemos perder a nossa calma como negociadores, senão eles podem ficar com medo e tomar atitudes drásticas."
Então, como estas negociações funcionariam na prática?
"O norte da Nigéria é particularmente difícil", diz um negociador da TerraFirma.
"O Boko Haram e o grupo Ansarul tendem a escolher seus alvos com muito cuidado e têm amplo acesso a armas."
Isso torna muito perigoso um encontro cara a cara entre os negociadores e os sequestradores, mesmo que o Boko Haram aceitasse fazer isso.
Líderes religiosos locais, que são normalmente chamados para ajudar a resolver embates assim em outros países, não são necessariamente uma opção neste caso já que o Boko Haram tende a desconfiar deles por considerarem que estes líderes se "venderam às autoridades".
Com frequência, o contato com sequestradores ocorre por telefone. Na maioria dos casos, diz a TerraFirma, os sequestradores vão para outro lugar, longe do cativeiro, para evitar que sua localização seja descoberta.

Quem cuida da negociação?

Goodluck Jonathan (Reuters)
O governo nigeriano tem dado sinais confusos sobre se aceita negociar com o Boko Haram
Então, se as negociações com o Boko Haram começarem de verdade, quem cuidará disso?
O time de conselheiros americanos em Abuja tem 16 especialistas em comunicação e contra-terrorismo do Departamento Americano de Defesa dos Estados Unidos.
O FBI também levou negociadores ao país. Isso não significa que eles conduzirão a negociação, mas apenas que darão conselhos nos bastidores.
Também é improvável que haja uma negociação direta entre o governo da Nigéria e o Boko Haram, já que os dois lados não se suportam.
Uma possibilidade é trazer um representante de um país vizinho, como Camarões ou Niger, ou de nações mais distantes, como Turquia e Qatar.
Mas negociar com o Boko Haram tem um preço alto. O grupo exigirá muitas concessões, as quais o governo nigeriano dificilmente aceitará.
Tanto o governo americano quanto a ONU são contra o pagamento de resgate por governos para grupos extremistas, uma classificação que o Boko Haram ganhou em 2013, dois anos depois de realizar um ataque a bomba no edifício da ONU em Abuja.
E se as negociações estão fora de cogitação?
Inevitavelmente, muitas pessoas pensarão na possibilidade de um resgate militar, que pode ser muito problemático.
Para começar, o número de reféns é muito grande, e elas podem estar dispersas em grupos menores e numa grande área, sendo vigiadas por extremistas bem armados que não hesitariam em matá-las se pensarem que elas podem fugir.
"Qualquer operação de resgate à força teria que ocorrer em diversos locais senão os extremistas podem entrar em pânico e executar as reféns", diz um especialistas britânico. "Isso seria muito complexo, e os nigerianos não tem expertise nesta área."

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