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São Paulo - Caso você não circule com um no carro, certamente conhece alguém que circula. E é provável que tenha outro em seu celular ou tablet. Talvez até já tenha ouvido falar que dá para acoplar um terceiro na coleira de seu cão. Agora, o que ainda não é nem de longe popular no País é o uso do GPS - sistema de posicionamento global, na sigla em inglês - em pessoas. Sim, principalmente em crianças, adolescentes, idosos e deficientes.

 Empresas brasileiras já vendem o equipamento. Os preços vão de R$ 499 a cerca de R$ 800 (alguns com assinatura anual). A prática não é ilegal, mas levanta questionamentos. Afinal, como ficam os direitos constitucionais de ir e vir e a privacidade? "Não se infringe nada disso quando o monitoramento é autorizado. Já o aspecto psicológico foge ao Direito", diz Augusto Marcacini, presidente da Comissão da Sociedade Digital da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Os aparelhos pesam de 40 a 85 gramas, podem ir no bolso, na mochila, no cinto e, além de fornecer a localização, delimitam perímetros por hora do dia e enviam SMS e e-mail 

a destinatários predeterminados quando uma "cerca virtual" é pulada. O curioso é que a origem do rastreamento humano no Brasil tem relação com o rastreamento de gado - o País tem o maior rebanho do mundo. "Atuamos na localização bovina desde os anos 1980 e usamos o que aprendemos no campo para criar o GPS ME, posto à venda no mês passado com tecnologia nacional", conta Aécio Flores, diretor de Tecnologia da gaúcha Planejar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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