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Militares levam caixão de soldado morto no Afeganistão
Mortes em ataques promovidos por soldados afegãos vêm crescendo nos últimos meses
Um ataque neste sábado em um posto de controle no leste do Afeganistão provocou a 2.000ª morte entre militares americanos no país desde a invasão no final de 2001.
Além do soldado americano, um mercenário estrangeiro e soldados afegãos também foram mortos no ataque, supostamente promovido por um agente infiltrado da insurgência nas forças de segurança afegãs.
Os ataques promovidos por membros das forças do Afeganistão vêm aumentando neste ano e já levaram as forças da coalizão internacional a suspender operações conjuntas com as forças afegãs neste mês.
Segundo o Pentágono, as operações conjuntas haviam sido retomadas apenas há alguns dias.
A nacionalidade do mercenário estrangeiro morto no ataque não foi divulgada.

Dúvidas sobre retirada

Mortes no Afeganistão

  • 2.000 soldados americanos
  • 1.066 soldados não americanos da coalizão
  • 20.000 civis (aproximadamente)
  • 10.000 soldados afegãos (aproximadamente)
  • centenas de mercenários estrangeiros
  • número desconhecido de insurgentes
Ao menos 52 soldados estrangeiros - cerca de metade deles americanos - foram mortos neste ano em ataques classificados com "verde contra azul" (em referência aos uniformes verde das forças afegãs e azuis das forças lideradas pela Otan).
Em todo o ano passado, ataques desse tipo haviam deixado 35 mortos no total.
Centenas de soldados afegãos já foram dispensados ou detidos após uma investigação sobre os ataques internos.
O aumento desse tipo de ocorrência vem reduzindo ainda mais o apoio à guerra em países que participam da coalizão internacional.
Isso também vem elevando as dúvidas sobre a capacidade da Otan de manter seu cronograma de retirada das tropas de combate do país, prevista para 2014, quando apenas um pequeno contingente estrangeiro permaneceria no país treinando e orientando as forças afegãs.

Arma apontada

Soldado americano no Afeganistão
Segundo levantamento, 40% das mortes foram provocadas por explosivos improvisados
As duas mortes deste sábado ocorreram na Província de Wardak, segundo um porta-voz da coalizão internacional.
Um soldado afegão teria apontado sua arma para os militares americanos e começado a disparar.
Autoridades afegãs dizem que o incidente ocorreu em um posto de checagem próximo a uma base do Exército afegão no distrito de Sayedabad.
O chefe de polícia de Wardak disse à BBC que alguns soldados afegãos também foram mortos.

Estimativas

A contabilização da 2.000ª morte de militar americano no Afeganistão foi confirmada pelas Forças Armadas do país neste domingo. Durante a guerra no Iraque, 4.409 soldados americanos foram mortos.
A contagem de mortos inclui tanto soldados mortos em ação quanto aqueles que morreram posteriormente no hospital ou mortos fora de situações de combate.
Um relatório do Instituto Brookings, dos Estados Unidos, estima que 40,2% das mortes de americanos no Afeganistão foram causadas por explosivos improvisados e 30,3% por ataques armados.
Segundo os números oficiais, ao menos 17.644 soldados americanos já foram feridos em ação no Afeganistão.
Entre os militares britânicos - o segundo maior contingente no país - o total de mortes chega a 433.
Não há dados exatos sobre o total de mortos entre os afegãos, mas a maioria das estimativas calculam ao menos 20 mil civis e 10 mil membros das forças afegãs mortos.
Também não há dados sobre o total de mortes de membros do Talebã ou de outros grupos insurgentes.
Fonte:

BBC Brasil





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