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“Meu exemplo serve para revelar como há aposentadorias precoces”, afirma Temer, este que se aposentou aos 55 anos, recebe uma aposentadoria de R$30,000 reais e ainda quer se fazer de parâmetro para atacar a aposentadoria de milhões de trabalhadores.








"É interessante como o meu exemplo serve para revelar como há aposentadorias precoces. Passaram-se 20 anos e estou aqui conversando. Ainda consigo trabalhar. Naquele tempo não se pensava nisso, naquele tempo era natural, você tinha tantos anos de serviço ou de contribuição e se aposentava. Foi o que aconteceu comigo como procurador do Estado. Mas há 20 anos atrás, o déficit da previdência não era o tamanho que é hoje. Hoje são R$ 100 bilhões, R$ 140 (bilhões) no que vem, R$ 180 (bilhões) daqui a dois anos”, é o que o presidente golpista Michel Temer afirma em entrevista na Globo News da última quinta-feira (13).
Após conseguir impor uma votação expressiva que aprovasse o primeiro de seus grandes ataques, a PEC 241, do teto, Temer e seu governo golpista apontam para o próximo item da “lista de ataques à classe trabalhadora” escrita com o cunho imperialista, a Reforma da Previdência.
Esta reforma prevê um aumento significativo na idade mínima de aposentadoria que chegará na casa dos 70 anos, após um primeiro período em que seria 65 anos. Porém, o presidente não se sente seguro para ser ofensivo com a iniciativa de atacar a previdência e diz que “nessa matéria você precisa asfaltar o terreno antes de mandar para o Congresso. Tem que chamar as Centrais Sindicais, os setores da sociedade, conversar sobre isso e ao mesmo tempo chamar os líderes da Câmara e do Senado para tentarmos ajustar uma fórmula”. Quer conversar com Paulinho da Força, burocrata aliado ao time dos golpistas em prol de aprovar os ataques aos trabalhadores, além dos demais companheiros do golpe lideres no Congresso.
Ainda, faz o esforço de se basear nas condições nobres com as quais se aposentou, que lhes concebem hoje uma aposentadoria de R$30,000, para justificar um ataque profundo no direito à aposentadoria de milhões de trabalhadores do país. A grande maioria destes, muitas vezes, se aposenta com uma série de lesões e desgastes físicos por conta do trabalho pesado e precário e, ainda assim, aposentam recebendo o equivalente a um salário mínimo. Não à toa decidem voltar a trabalhar para que possam complementar a sua renda.
Parece mesmo ridículo que Temer queira se fazer de exemplo, como se estivesse cortando da própria carne com seus ataques, como tem tentado fazê-lo quando trata de defender a PEC 241. A bem da verdade, os danos que seus ataques terão sobre sua categoria parasitária dos políticos corruptos e privilegiados serão mínimos frente às suas regalias acumuladas e ao que estão destinando à classe trabalhadora desse país.
O que percebe-se nesse discurso hipócrita do Temer ao aplicar seus ataques é que o suposto aval para implementá-los - que a mídia tem tentado forjar em função do fortalecimento relativo da direita nas eleições municipais - não se expressa na realidade de um país em crise de representatividade e que atinge níveis orgânicos de intenso esfacelamento do seu regime político. Temer ainda teme um elemento que está guardado e que pode vir a tornar ainda mais instável as circunstâncias políticas nas quais os ajustes encenam, a luta dos trabalhadores. Não é um cenário favorável para aplicar ajustes a torto e a direita sem fazê-los parecerem mais dóceis, ou até que irão infringir também no bolso dos políticos.
Fonte:
Esquerda Diário



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