Segundo levantamento feito após as eleições em 25 estados e no DF, ideias de redução de direitos, como na Previdência, e de investimentos sociais, como na PEC 241, levam a desaprovação do governo Temer
por Redação RBA
ROBERTO PARIZOTTI/CUT/FOTOS PÚBLICAS
Manifestação contra PEC 241, na Avenida Paulista, em São Paulo, na noite de ontem (17): revolta contra 20 anos sem investimentos
São Paulo – Os objetivos
do governo de Michel Temer de corrigir apenas pela inflação os gastos públicos
com saúde, educação e assistência social até 2037 são reprovados por 70% da
população. Segundo pesquisa do Instituto Vox Populi feita a pedido da CUT,
apenas 19% dos entrevistados disseram ser favoráveis a essa medida prevista na
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, enquanto outros 11% disseram ser
indiferentes, não saber ou não responderam.
A PEC 241 –
chamada pela imprensa comercial de "PEC do teto de gastos" e pelos
movimentos sociais de "PEC do fim do mundo" ou "do juízo
final" – foi aprovada em primeira votação pela Câmara, onde passará por
mais um turno. A proposta tem de receber ao menos 308 votos antes de seguir ao
Senado, para outros dois turnos, também com exigência de votos favoráveis de
três quintos – 48 dos 81 senadores.
A pesquisa
identificou que o governo não é bem avaliado por 74% dos entrevistados. Apenas
11% veem a gestão Temer como positiva, 40% como regular e 34%, como negativa; e
15% não souberam responder. A avaliação negativa sobe a 46% na região Nordeste
e o positivo vai 13% no Sul.
O percentual
de entrevistados que acreditam que o país vai piorar sob o governo Temer é de
33%, enquanto 25% estimam que vai ficar igual e outros 33% acreditam que vá
melhorar.
A ampliação
o tempo de contribuição para aposentadoria por idade é reprovada por oito em
cada dez trabalhadores do campo e da cidade. De acordo com a pesquisa, 80%
discordam que seja ampliado de 15 para 25 anos o tempo mínimo para que
trabalhadores tenham de contribuir ao INSS para poder se aposentar aos 65 anos
– condição muito comum no meio rural ou no serviço doméstico, em que as pessoas
começar a trabalhar ainda na adolescência, mas passam a maior parte do tempo em
situação de informalidade.
A pesquisa
foi realizada depois do resultado das eleições, entre os dias 9 e 13. Foram
entrevistadas 2 mil pessoas com mais de 16 anos no Distrito Federal e em todos
os estados brasileiros, exceto Roraima. De acordo com o instituto, foram
ouvidos todos os segmentos econômicos e demográficos em 116 municípios. A
margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
“Ao
contrário do que deputados e senadores pensam, o povo está informado, sabe que
será o mais prejudicado com menos hospitais, menos médicos. E se a reforma da
Previdência passar, que vai ter de trabalhar até morrer”, diz o presidente da
CUT, Vagner Freitas, anunciando que fará a divulgação em todo o país sobre como
votarão deputados e senadores: “Os traidores da classe trabalhadora serão expostos
cotidianamente até as eleições de 2018, podem ter certeza. Faremos de tudo para
que nenhum jamais seja reeleito”.
Confira
abaixo os resultados da pesquisa.
Fonte:
Deixe o seu comentário clicando no balãozinho no topo da postagem próximo ao titulo.
0 Comentários